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Nossa Gratidão aos Queridos Missionários – Jaime e Judith Kemp

Jaime e Judith em 2007Havia na juventude da década de 70, o desejo de “lutar por uma causa”. O movimento hippie nos EUA era um exemplo disto, com o lema “faça amor, não faça a guerra”, protestando contra a guerra no Vietnã. Aqui no Brasil e em toda a América do Sul, os jovens ansiavam por uma redemocratização. No meio evangélico, os jovens foram alavancados por movimentos como Vencedores por Cristo (VPC), Mocidade para Cristo, Aliança Bíblica Universitária, Palavra da Vida, Jovens da Verdade, Atletas de Cristo, entre outros. Eles também tinham seus ideais de servirem a uma causa maior: o Reino de Deus.
Tais movimentos tinham em comum o desejo de alcançar a juventude com o Evangelho de Cristo, através de comunicação contextualizada à sua realidade, usando: linguagem informal, música, literatura, pintura, expressão corporal, teatro, esportes etc. Os jovens daquela época estavam cansados de ir à igreja por um simples “ritualismo” que lhes parecia sem sentido, num formato de culto cuja comunicação privilegiava os adultos e velhos. Queriam poder expressar uma vida cristã que fosse verdadeira e não apenas uma religiosidade da “boca para fora”.
Não existiam naqueles tempos, os meios que hoje são tão comuns como: uma mídia forte com jornal, rádio e TV, internet, redes sociais, etc. Os jovens eram impactados através da música. Haviam os grupos musicais e movimentos estudantis cristãos, que mobilizavam os jovens das igrejas evangélicas.
Foi neste contexto que eu, Sergio Leoto, vi VPC pela primeira vez em 1971, numa igreja de São Paulo. O impacto dos testemunhos dados por aqueles jovens foi imediato em minha vida! Interessei-me em viajar com o grupo, inscrevendo-me junto com vários outros rapazes e moças. Depois de muitos formulários preenchidos e informações dadas, os líderes pediram que eu fosse a uma entrevista pessoal.
Parece loucura, mas deu certo! Fui o primeiro baterista a sair em viagens missionárias de VPC. Toquei este instrumento de 1972 até 1990. É preciso explicar que naquela época, a bateria não era aceita e nem bem vista pelas igrejas. Tocado em bares e boites, era considerado um “instrumento do diabo”! Como no meio evangélico não existiam muitos bateristas, Pr. Jaime teve que dar uma de profeta e eu fui o objeto da  sua profecia!
Hoje sou pastor, com mais de 30 anos de experiencia ministerial. Boa parte do que aprendi e apliquei na obra de Deus, veio da boa base recebida pelo discipulado e estudos bíblicos recebidos em VPC. Os temas tinham como objetivo três áreas de nossa vida: a primeira tratava do nosso relacionamento com Deus, depois do nosso relacionamento com as pessoas, para em terceiro lugar, aprendermos a evangelizar e testemunhar de Cristo. No início, o casal Kemp, nos acolhia em sua própria casa repassando-nos todos esses ensinamentos. Nos anos que se seguiram, os estudos eram feitos no escritório da Missão, com vários pastores e missionários como Ari e Carolina Velloso, Bill e Larry Keys, Ken e Diane Kudo, Russel Shedd, Guilherme Kerr, Nelson Bomilcar, entre outros.
Trabalhamos (Sergio e Magali) em tempo integral, como missionários nesta entidade por nove anos. Treinamos e discipulamos mais de 200 rapazes e moças de várias denominações, na prática da evangelização, do aconselhamento bíblico e da liderança cristã.
Participamos juntamente com o Pr. Jaime Kemp, de diversos trabalhos em escolas, principalmente as que eram de origem evangélica, como Batistas, Presbiterianas entre outras. Isso aconteceu na época em que Jaime estava em VPC e também depois, quando passou a liderar o ministério Lar Cristão.
Alguns desses trabalhos em Colégios duravam a semana inteira. Eram muitas classes e não havia condição de se fazer um evento único, pois não caberiam todos os alunos no auditório. Assim, subdividíamos as classes em eventos menores, repetindo os assuntos das aulas até que todas tivessem ouvido a mensagem.
Realizamos vários eventos utilizando o conteúdo do livro “Turbulentos anos da Adolescência”, de autoria do Jaime Kemp. Percorríamos as características desta faixa etária, passando por seus problemas e expectativas, mas finalizando com a ideia de que esta é uma das fases mais importantes de nossas vidas – cheia de oportunidades e desafios, que abrem possibilidades maravilhosas ao ser humano. Acima de tudo, mostrávamos que Deus estava interessado em caminhar com eles, durante todo este processo.
Falar sobre a Adolescência com aqueles estudantes, abria o diálogo com vários deles para aconselhamentos em particular. Contavam-nos sobre seus dramas com os pais, a falta de diálogo com alguns, a negligencia paterna ou materna, entre tantas coisas. Estas causas provocavam em alguns deles: atos de rebeldia e violência, busca por vícios e drogas, vida de prostituição, devassidão, abortos, etc. Muitos eram os aconselhamentos que fazíamos, mas não dávamos conta de todos. Saíamos daqueles trabalhos contentes, mas preocupados, pedindo ao Senhor que complementasse soberanamente aquela obra.
Às noites estes Colégios ofereciam palestras, voltadas aos pais dos alunos. Centenas deles compareciam, pois os livros do Jaime eram muito conhecidos e atraíam pessoas até das igrejas de cidades próximas. Em geral Magali, professora e também escritora de livros sobre a Adolescência, dividia as informações aos pais com o Pr. Jaime, que sempre fechava o evento fazendo a palestra maior. E ao final do evento, não dávamos conta dos aconselhamentos aos pais.
Foram anos de discipulado com Jaime e Judith, bem como trabalhos realizados ao lado deles, seja ministrando o curso Lar Cristão, falando a adolescentes e pais ou em congressos de líderes de ministério de famílias. Somos gratos a Deus por esse privilégio, que é a base para o nosso ministério atual. Hoje também somos missionários itinerantes, falando às famílias por esse Brasil e fora dele, escrevemos livros sobre este tema, como eles. Porém acima de tudo, o que nos ensinaram foi amar a Deus e dar o melhor de nossas vidas a Ele e ao seu Reino. Fizeram isso não só através dos seus ensinamentos, mas muito mais com seu exemplo de vida. Se nossa família hoje possui um alicerce firme na Palavra de Deus, muito se deve à prática do que aprendemos com eles, desde nossos tempos de namoro.
Desde que nos conheceram, Jaime e Judith demonstraram seu carinho e nos cativaram. Esse afeto transbordou também para nossa filha Jessica, desde pequenininha (hoje ela é jovem). A nossa oração, é que esse legado recebido do casal Kemp, que teve como marca o temor a Deus, possa ser vivido também pelos filhos dos nossos filhos – para que possam ser abençoados, como a nossa geração o foi.
Autores: Sergio e Magali Leoto
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Fones: (11) 3288-2964 e 99957-0451 (whatsapp)

 

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