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Mulher, Sexo Frágil ?!!

mulher7aO papel da mulher, seu espaço, valor e dignidade, tem sofrido inúmeras transformações na sociedade humana, desde os tempos pós-guerra. Neste início de milênio, é necessário refletir sobre este tema, principalmente à luz da Palavra de Deus.

  1. O RENASCER DO FEMININO

Na década de 60 em meio à grande revolução cultural, surge o movimento feminista. Ele chega como um grito sufocado na alma da mulher. O feminismo torna-se apenas um machismo ao contrário, que bem ou mal, trouxe algumas conquistas.

Nestas últimas décadas, temos visto uma crescente escalada feminina em todos os setores da sociedade. A cada dia a mulher avança em feudos tradicionalmente masculinos. Ocupa postos de juíza, comanda empresas gigantes, maneja o bisturi. Já aparece em tropas de choque da Polícia Militar, comanda Boeing, constrói prédios.

Um estudo do Ministério do Trabalho, no final dos anos 90, mostrou que as mulheres brasileiras derrotaram os homens, nas vagas para dentistas, veterinários e médicos, numa proporção de 8 para 2. O segmento evangélico, também vê aumentar o número de denominações que aceitam mulheres no pastorado, mesmo com a resistência de vários líderes.

Nada disso quer dizer que a vida das mulheres está um mar de rosas. Muitos preconceitos precisam ser vencidos. Existem os maridos, que ainda acham que a rainha do lar, serve apenas para “pilotar o fogão”. Mulheres grávidas são discriminadas no trabalho. O salário é menor que o do homem, em muitos setores. Ela ainda faz a jornada dupla. Após um cansativo dia de trabalho, tem que chegar em casa, encostar a barriga no fogão e no tanque, porque os afazeres domésticos são “coisas de mulher”. A questão da mulher na sociedade e o seu papel no reino de Deus, merece ainda muitas reflexões.

  1. A VELHA CULTURA

Desde a antiguidade, muitas culturas de estrutura patriarcal (até por influências religiosas), mantém preconceitos em maior ou menor grau, em relação à mulher. Para citar apenas algumas: no judaísmo, os rabinos em suas orações matinais, agradeciam a Deus por não terem nascido gentios, escravos ou mulheres. Para o muçulmano, a mulher devota a Maomé, pode participar das orações nas mesquitas, desde que não esteja menstruada. Neste período, acreditam que a mulher está liberando as impurezas.

  1. SOB O OLHAR DIVINO

Na ótica divina da criação, homem e mulher estão no mesmo nível. Os textos de Gênesis dizem que ambos foram criados à imagem e semelhança de Deus. Ele mandou que crescessem, multiplicassem e cuidassem da terra.

A mulher aparece com a mesma capacidade moral do homem. Por isso, ela é idônea, possui capacidade e responsabilidades. Infelizmente para muitos, a mulher é idônea apenas para fazer uma boa comida, educar os filhos, satisfazer sexualmente o marido e outras coisas que não demandam muita inteligência.

Após a queda, a mulher recebe seu estigma em consequência do pecado: “Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez… e o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará” (Gn 3:16). Caio Fábio, em seu livro – “A mulher no Projeto do Reino de Deus”, diz o seguinte: “A atual visão pela qual se enxerga a mulher – tanto na sociedade como na igreja – é a visão que procede do fato e da perspectiva da queda”. Na queda, homem e mulher recebem sua sentença: a morte. Mas em Cristo, temos a redenção. Uma das implicações da redenção é a de redimir a figura da mulher.

  1. A RESTAURAÇÃO DA MULHER

O Novo Testamento nos dá uma visão ampliada, sobre a condição da mulher. Jesus Cristo veio para implantar o Seu Reino. Nele, a mulher não é considerada como um ser humano de “segunda categoria”. Em Jesus Cristo, a mulher é valorizada. Ele não se rende aos preconceitos de sua época. A mulher não era reconhecida, nem mesmo em sua cidadania.

Foi através de uma mulher que Ele, Jesus, Emanuel, o Deus conosco, veio ao mundo. No decorrer do Seu ministério, Jesus se depara com várias mulheres. Mulheres agradecidas, como a pecadora que ungiu Seus pés com unguento (Lc 7:36-38), como Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios (Lc 8:1-2). Joana e Suzana, que Lhe prestavam assistência com os seus bens (Lc 8:3). Mulheres amigas, como Marta e Maria, irmãs de Lázaro, a quem Ele ressuscitara (Lc 10:38-39, João 10 e 11). Mulheres cheias de fé, como a siro-fenícia que levou sua filha para que lhe expulsasse o demônio (Mc 7: 24-30).

São as mulheres que vão cedo ao túmulo, mostrando sua fidelidade e serviço (Mt 28:1; Mc16:1-3; Lc 24:22-23). É também a elas, que primeiramente o anjo aparece, dando a notícia da vitória sobre a morte (Lc 24:1-7). É a fé destas mulheres que as impulsiona a sair e anunciar o poder da ressurreição (Lc 24:9-10).

Na queda, o pecado maculou a tudo. Mas em Cristo, podemos celebrar pela fé a redenção de tudo, inclusive a condição da mulher. As conquistas femininas, ocorridas através da história, podem ser encaradas como parte do processo divino, na revalorização da mulher.

  1. A PERSPECTIVA CONJUGAL

Analisemos a condição da mulher dentro da perspectiva do casamento. Em Gálatas 3:28, o texto diz que “não pode haver judeu e nem grego, nem escravo nem liberto, nem homem nem mulher; porque todos somos um em Cristo Jesus”. Realmente em Cristo, não há acepção entre homem e mulher, mas existe um posicionamento entre marido e esposa. Dentro do contexto familiar cada um tem a sua responsabilidade:

  • “Mulheres sejam submissas aos seus próprios maridos, como ao Senhor (…) Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5: 22 e 25).
  • “Maridos … vivei a vida comum do lar, … tendo consideração para com a vossa mulher, como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, por isso sois juntamente herdeiros da mesma graça de vida…” (1Pe 1:2 e 7).

Em nenhum momento, os autores Paulo e Pedro referem-se à mulher como uma pessoa mais fraca, intelectual ou emocionalmente inferior. Nos tempos em que eles escreveram, a mulher era oprimida, reduzida apenas a uma propriedade. Os maridos, agora cristãos, são exortados a tratar suas esposas com dignidade, amor e respeito, mudando radicalmente o costume pagão da época.

Deus dá ao homem a posição de líder. Esta liderança ele deve exercer com humildade e não em busca de poder. Suas energias devem ser canalizadas para proteger, exaltar e permitir que a mulher desenvolva seu potencial, debaixo da vontade de Deus.

O Senhor conhece a natureza humana, sua tendência ao egoísmo e orgulho. Por isso, dá ordens específicas ao homem e a mulher. Dizer à mulher para que “ame ao seu marido”, seria redundância. É da natureza feminina, ser mais sensível, sentimental e carinhosa. No entanto, ser submissa é um verdadeiro desafio. Com relação ao homem, Deus usa um princípio idêntico: recomendar que seja líder, pode parecer uma tarefa simples. Mas, exercer essa função com humildade e tendo como modelo o amor de Cristo pela igreja, é um desafio (Ef 5: 25-27).

  1. IGUAIS, PORÉM DISTINTOS!

A Bíblia em nenhum momento mostra a mulher, como um “sexo frágil”, no sentido pejorativo atual, de ser considerada como uma “coitadinha” e indefesa, reduzida a quase nada, como acontece ainda em muitas culturas. Cabe a cada um de nós, seguidores de Cristo, buscar o equilíbrio na questão da mulher. A valorização feminina, não deve ser uma “guerrilha ” ao machismo predominante. Não é esta a intenção de Deus.

Somos diferentes, sim! Iguais diante dEle, porém distintos! Já temos dados científicos sobre as diferenças dos cérebros, quantidade de neurônios, além das já sabidas diferenças emocionais, psicológicas, etc. Devemos encarar estas peculiaridades (que são bênçãos doadas pelo próprio Deus), sem preconceitos.

Cada um, homem e mulher, possui suas potencialidades e fraquezas, também direitos e deveres. Talvez possamos usar a ilustração do jogo de “quebra-cabeça”, para explicar este princípio: cada peça é extremamente importante para completar o desenho. Conosco também! Nossas individualidades são preciosas para Deus, mas Ele quer fazer com que o casal, dia a dia, construa o lindo desenho da relação homem-mulher, que será aperfeiçoado e lapidado, através de um crescente relacionamento com Deus.

Artigo: Sergio e Magali Leoto

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